11/10/2019 às 16h09min - Atualizada em 11/10/2019 às 16h09min

Gestor das Santas Casas vem para Ibitinga conhecer a unidade

Edson Rigatti ainda deu uma palestra sobre a gestão das Santas Casas para o poder público local.

Portal Ternura
Na manhã desta sexta-feira, o presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia (CMB), Edson Rogatti, esteve em Ibitinga para conhecer as instalações da Santa Casa e dar uma palestra sobre a administração do sistema de saúde público. Estiveram presentes gestores da saúde de Borborema, Tabatinga, vereadores de Ibitinga, além da prefeita Cristina Arantes e secretários municipais.
Na visita, Edson elogiou a estrutura da unidade de Ibitinga. São 91 anos de atuação no município, atendendo pessoas com plano de saúde particular ou pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O presidente do CMB destacou que o atendimento nas cidades de pequeno e médio-pequeno porte como Ibitinga é prioridade para a administração da empresa para 2020.  
Edson Rogatti explica que “as pequenas Santas Casas (de cidades de menor porte) são as que mais sofrem, as que menos recebem apoio do governo. Aqui em SP nós temos o programa SUStentável que não abrange as pequenas, só as grandes e médias. As grandes recebem 70% a mais do que elas produzem no atendimento de alta complexidade. O que a gente queria receber era um fixo por leito, por exemplo. Se atende ou não atende, recebe do mesmo jeito.”
Em seu discurso, Edson enfatizou as dificuldades financeiras que as Santas Casas estão tendo devido à falta de repasse do SUS, principalmente para a compra de medicamentos. Segundo o presidente da CMB, somente o Estado de São Paulo tem cerca de 420 Santas Casas, o que representa 19,3% das unidades de todo o Brasil.
Para o presidente, a dificuldade se dá principalmente no valor que o Ministério da Saúde destina para as Santas Casas: “Hoje o grande parceiro dos governos estaduais, federais e municipais no âmbito da saúde são as Santas Casas. Mais de 56% do atendimento SUS somos nós que fazemos. Nós estamos há 15 anos sem aumento da tabela SUS para a compra de medicamentos. Hoje o que (o SUS) paga para Santa Casa de Ibitinga cobre 60%, o resto tem que buscar na comunidade com plano de saúde privado” frizou Rogatti.
Em sua palestra, Edson revelou que tem feito reuniões com o Poder Executivo para negociar um aumento do repasse para o ano que vem e apresentar as principais demandas do sistema hoje.
Hoje, no Brasil, são 47.104.169 de pessoas com convênio médico particular. Mais de 160 milhões de pessoas fazem consultas pelo SUS. A realidade de São Paulo não reflete o panorama do Brasil. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, 45% da população tem plano de saúde privado, número bem acima da média do país (cerca de 22%). Essa realidade muda a operação das unidades da Santa Casa.
“Os outros estados tem muita dificuldade. Sul e Sudeste passam muitas dificuldades. O Nordeste e o Norte têm muitas dificuldades também, mas até por isso, acabam recebendo mais investimentos na saúde. As Santas Casas da Bahia, Alagoas são muito boas, por exemplo. Recebem um investimento bom. Mas a logística desses estados é muito complicado” contou Rogatti.
A proposta do presidente da CMB é fazer um trabalho em rede com todo o Brasil: “O nosso trabalho em SP é para as cidades pequenas e médias. A gente precisa de mais recursos. A gente quer um plano para as cidades pequenas e médias” finalizou Edson Rogatti.
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