12/09/2019 às 16h01min - Atualizada em 12/09/2019 às 16h01min

Estado de São Paulo monopoliza casos de sarampo: veja relatório detalhado

Ministério da Saúde divulga boletim detalhado com os dados da doença em todo o Brasil. Ibitinga faz parte da estatística.

Portal Ternura
O Ministério da Saúde divulga toda semana o boletim epidemiológico referente ao aumento do número de casos de sarampo em todo o Brasil. Devido ao crescente contágio da doença desde junho, o boletim se tornou importante como forma atualizar os casos no país, detalhando a disseminação do sarampo por estados.
Para isso, o relatório traz o que eles chamam de Semanas Epidemiológicas (SE), para ter referências do surto da doença. O período que apesentou maior boom do sarampo foram os meses de junho, julho e agosto: da semana 24 a 35. Somente nestas três semanas, o ministério registrou 20.292 casos suspeitos de sarampo, 2.753 confirmados, 2.109 descartados e 15.430 em investigação.
Entre os confirmados, houve o registro de 19,8% de hospitalizações (quase metade em menores de um ano) e a ocorrência de três óbitos, sem histórico vacinal, e sendo um com condição de risco.
Uma das formas de dimensionar a ocorrência da doença por idade é a taxa de incidência. Ela é calculada com base na média de casos a cada 100 mil pessoas daquela determinada idade. A maior taxa de incidência ocorre nas crianças menores de 1 ano e entre 1 e 4 anos (que apresentam maior risco de adoecimento). Mas o número bruto de casos é maior nas pessoas de 20 a 29 anos.
O Ministério da Saúde mostra que os dados são alarmantes no Estado de São Paulo, que concentra o número de casos de sarampo. Do início do mês de junho até a primeira semana de setembro um total de 2.753 casos foram confirmados laboratorialmente em 13 Unidades da Federação com transmissão ativa. Destes, 98,3% estão concentrados em 99 municípios do Estado de São Paulo, principalmente na região metropolitana. Apenas 1,7% (45) dos casos foram registrados nas demais 12 Unidades da Federação.
Ibitinga teve até agora 1 caso de sarampo registrado. A região ainda teve Itápolis e Taquaritinga com 1 caso cada e 10 casos em São Carlos.
No estado de São Paulo, foram administradas 6.245.559 doses da vacina tríplice viral (que combate o sarampo, caxumba e rubéola) em 2019 até a primeira semana de setembro. Foram 2.863.848 doses de rotina registradas pela secretaria de saúde do estado. O número de doses extras quase bateu a casa dos 6 milhões: somente neste período, 5.932.490 doses foram distribuídas.
O estoque de doses de São Paulo é um dos menores do Brasil no momento. São 23.960 vacinas no estoque, o 6º menor do Brasil.
O Sarampo   
Sarampo é uma doença viral aguda similar a uma infecção do trato respiratório superior. É uma doença grave, principalmente em crianças menores de cinco anos, desnutridos e imunodeprimidos. A transmissão do vírus ocorre a partir de gotículas de pessoas doentes ao espirrar, tossir, falar ou respirar próximo de pessoas sem imunidade contra o vírus sarampo.
Na Região Europeia nos primeiros seis meses de 2019, foram registrados cerca de 90 mil casos superando a quantidade identificada em todo o ano de 2018 (84.462), sendo que 84 mil ocorreram na Ucrânia. Quatro países europeus perderam o certificado de eliminação da doença, dentre eles Albânia, República Checa, Grécia e Reino Unido. Em 2019, a Região das Américas registrou 3.328 casos confirmados de sarampo em 14 países. Os Estados Unidos nesse momento estão em eminência de perder o certificado de eliminação do sarampo.
Historicamente, as aquisições da vacina tríplice viral são realizadas junto ao laboratório produtor Fiocruz/ Biomanguinhos. Segundo o boletim epidemiológico, “considerando que a planta de produção das vacinas Tríplice viral e Febre Amarela é a mesma, não foi possível o fornecimento do total necessário da tríplice viral para 2019, portanto, fez-se necessário a aquisição de complementação do quantitativo necessário para atender a demanda nacional”. Em fevereiro de 2019, foi iniciado o processo de aquisição de 10 milhões de doses da vacina tríplice viral, porém, nenhuma empresa nacional apresentou proposta de fornecimento para esse quantitativo em 26 de junho de 2019.
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