ETE de Ibitinga começa a realizar a queima de gases poluentes

Queima de gás metano na ETE de Ibitinga já está funcionando. Foto: divulgação
 
A Estação de Tratamento de Esgoto já está funcionando quase em sua totalidade. Nesta semana, a ETE de Ibitinga começou a realizar a queima do gás metano (CH4). A queima fica visível por meio de uma chama que fica acesa no topo de uma torre na estação.
A queima do gás metano é de fundamental importância pois evita que ele atinja a atmosfera, prejudicando o meio ambiente. O metano acelera os efeitos do aquecimento global por ser um gás que retém muito mais calor do que os outros compostos. Mesmo tendo uma vida útil menor do que outros gases, o CH4 tem um impacto 4 vezes maior no efeito estufa.
O gás gerado pela ETE é captado através de dispositivos instalados nos reatores anaeróbicos e canalizados até o queimador.
“O que ocorre na Estação de Tratamento é um processo de combustão comum. Assim que a tubulação que capta o gás recebe a quantidade suficiente para a queima é desencadeada a ignição, através de uma centelha gerada por uma placa solar que está instalada juntamente com o equipamento responsável pela queima”, explicou o químico do SAAE, Luis Adolfo Siervi.
A “chama acesa” é um grande passo na ETE, o que também pode indicar num futuro próximo estudos para o aproveitamento dos gases como fonte de energia e combustível.
No Brasil, a coleta de esgoto é o segmento mais defasado dentre os itens de saneamento básico. Segundo dados da Pesquisa Nacional Econômica Aplicada (Pnad), cerca de 66% dos domicílios brasileiros não tinham acesso à coleta de esgoto em 2018. Neste mesmo ano, o maior percentual estava no Sudeste (88,6%) e os menores estavam no Norte (21,8%) e Nordeste (44,6%).
A última pesquisa municipal realizada pelo IBGE foi em 2000. Na época, Ibitinga coletava um volume de 2.918 metros cúbicos de esgoto por dia.