Ibitinga: tratamento do diabetes deve ser de conscientização nutricional

O diabetes é uma doença séria e incurável. Porém, também pode ser controlada se tomadas às devidas recomendações médicas. Em Ibitinga, a Prefeitura Municipal, por meio do Serviço Autônomo Municipal de Saúde (SAMS), usa uma metodologia inteligente de controle do diabetes.
“Criamos um programa em grupo onde os pacientes insulinodependentes participam de uma sessão mensal com nutricionista e psicólogo”, disse a enfermeira e diretora do SAMS, Queila Pavani. “A idéia é desenvolver uma melhor conscientização nutricional sobre a doença, mostrando que é possível ter uma vida normal mesmo com o diabetes”, complementou a enfermeira.
O programa desenvolvido pela autarquia já mostra seus primeiros frutos. A maioria dos pacientes assistida neste programa diminuiu o uso mensal da insulina e três dos pacientes que freqüentaram os grupos de apoio já não fazem mais uso da substância que controla o diabetes. “Seguindo a recomendação nutricional, é plenamente possível isso acontecer”, reiterou Queila Pavani.
É o caso da empregada doméstica Silmara Elizabete Ciriberto, de 46 anos de idade. De acordo com ela, sua saúde antes do ‘programa para diabéticos’ era bastante complicada.
“Eu tinha uma vida sedentária, comia de maneira inadequada e precisava fazer uso da insulina. Graças a Deus comecei a participar do programa e recebi informações valiosas que mudaram a minha vida. Aprendi a me alimentar, pratico caminhada e estou livre da insulina desde então”, contou sua experiência a Silmara.
 
“Tirinhas” são distribuídas de forma consciente
Em Ibitinga, as tiras glicêmicas só podem ser distribuídas ao paciente que estiver inserido no programa. Esta restrição é uma forma consciente de evitar o uso indiscriminado da insulina.
“O melhor tratamento do diabetes é o nutricional! Sem uma dieta balanceada o paciente insulinodependente sofrerá picos de glicemia e acabará fazendo uso da insulina de forma indiscriminada, ocasionando outras complicações”, explicou a diretora do SAMS.
 
Os grupos
O insulinodependente que deseja receber as tirinhas gratuitamente precisa participar de quatro reuniões do programa. Na primeira reunião, o paciente recebe 10 tirinhas. A quantidade é aumentada de cinco em cinco, até chegar ao número de 25 tiras glicêmicas.
“É tempo suficiente para que o insulinodependente receba informações, conheça a doença e crie consciência sobre o uso desta ferramenta de medida glicêmica”, salientou Queila.
Após as quatro sessões, o paciente não precisa mais participar do grupo. Entretanto, para continuar recebendo as 25 tiras glicêmicas, é necessário passar por acompanhamento nutricional do SAMS mensalmente.
O programa conta com 10 grupos de insulinodependentes e cada grupo possui a participação de cerca de 20 pacientes.