24/05/2018 às 14h25min - Atualizada em 24/05/2018 às 14h25min

Motoristas em pânico de possível falta de combustível formam filas nos postos

Nossa equipe de reportagem percorreu os postos de combustíveis de Ibitinga e deparou-se com filas longas e demoradas.

Portal Ternura
Foto: Jean Gomes / Portal Ternura
Considerando a mobilização dos caminhoneiros, que protestando contra a alta do diesel, as manifestações em quase todo o país, estão causando pânico nos motoristas que, preocupados pela possível falta de combustíveis nos postos, estão desde a manhã de hoje (24), nas filas enormes dos estabelecimentos na cidade de Ibitinga (SP).
De acordo com informações de alguns proprietários dos postos de Ibitinga, os tanques estavam nesta manhã de quinta-feira 'cheios', com capacidade de atendimento para mais dois dias. "Não é possível sabermos se haverá falta ou não do combustível na cidade, porque desconheço o estoque dos demais lugares. Porém, o fato é que não está havendo envio do produto pelas distribuidoras por causa da manifestação, e isso poderá impactar no abastecimento - afirma Daniela Scaini Borsetto, do Auto Posto Cidacom, empresa sediada no centro da cidade.
E conclui a empresária: 'Como a procura está muito intensa, acima da média, certamente meu combustível vai terminar num tempo mais curto, mas ainda tem bastante!'
Foto: Gleison Landim / Portal Ternura
Já o proprietário do Auto Posto Esquina 1, bandeira Ipiranga - Silney Vieira, o mesmo afirmou que uma das bombas de etanol já esgotou seu estoque, e provavelmente, pela presença de centenas de clientes nesta quinta-feira, deve acabar em poucas horas os demais tanques.
'Temos pedido de 25 mil litros de combustível, mas devido à paralisação, talvez não será possível a entrega do produto' - comentou o empresário.
Nossa equipe de reportagem percorreu os postos de combustíveis da nossa cidade e deparou-se com filas longas e demoradas. Acompanhe as imagens de Jean Gomes:
Trânsito afetado, voos em aeroportos ameaçados, falta de abastecimento em postos de gasolina, mercados sem alimentos, preços de combustíveis nas alturas. Esses são apenas algumas das consequências da paralisação dos caminhoneiros nas principais estradas do país, que chega hoje ao seu quarto dia seguido.
A categoria protesta contra os constantes aumentos do preço da gasolina e, principalmente, do diesel. A Câmara dos Deputados aprovou, em desacordo com o Governo, a isenção do PIS/Cofins, mas Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) afirmou que as manifestações vão permanecer até que a medida seja oficializada.
Como consequência, diversas cidades registraram filas de carros em postos de gasolina. Em Brasília, alguns postos foram flagrados vendendo o a gasolina a quase R$ 10. Sem combustível para aeronaves, alguns aeroportos estão reduzindo a quantidade de voos. A falta de abastecimento em mercados, prejuízos para produtores rurais, tanto no mercado interno quanto para exportação, são outros reflexos causados pela paralisação.
Para tentar reverter a situação, o governo tem feito diversas reuniões e negociado constantemente com os caminhoneiros para que o tráfego dos caminhões volte ao normal. Em uma tentativa emergencial de dar um respiro ao governo, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, anunciou uma diminuição e congelamento no preço do diesel pelas próximas duas semanas.
Temer deve se reunir com Parente e ministros para discutir novas estratégias para resolver ou ao menos amenizar a situação, entrando em acordo com os caminhoneiros. Em nota assinada pelo presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, a entidade afirmou que "o governo não trouxe nenhuma resposta para a categoria" e não deu prazo para que a paralisação termine. Um novo encontro entre a CNTA e o governo federal será realizado nesta quinta-feira (24).
 
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