21/11/2017 às 07h12min - Atualizada em 21/11/2017 às 07h12min

Espetáculo 'Palhaços' acontece hoje (25) no CIEI

A peça teatral é do dramaturgo Timochenco Wehbi e será apresentada no espaço CIEI, no Jardim Natália, através do Circuito Cultural Paulista. A entrada é gratuita.

Portal Ternura
Neste sábado, dia 25 de novembro, Ibitinga recebe o programa "Circuito Cultural Paulista" e apresenta a peça teatral "Palhaços", de Timochenco Wehbi. O espetáculo será no CIEI - Jardim Natália, às 20 horas, com direção de Márcio Vasconcelos.
O Drama Comédia de Palhaços traz a classificação indicativa de 12 anos e a entrada é gratuita. Participe!
 
Conheça Palhaços, de Timochenco Wehbi
 
Com texto de dramaturgo Timochenco Wehbi (1943 – 1986), Palhaços estreou no Parlapatões, ficando 2 meses em temporada. Em julho, realizou nova temporada, no Porão do Teatro Sérgio Cardoso. Participou também do 10º Festival Paulista de Circo, em Piracicaba, que aconteceu em setembro. O espetáculo conta com direção de Marcio Vasconcelos e atuação de Antônio Netto e Sérgio Carrera, além do sanfoneiro João Soran. O projeto é uma realização da Cia. das Artes e da Cia. Pompa Cômica.
A trama se passa no intervalo de apresentação do palhaço Careta (Antônio Netto)que recebe em seu camarim a visita de um espectador, Benvindo (Sérgio Carrera),um vendedor de sapatos encantado com a performance. Se aproveitando da extrema inocência do visitante, o palhaço Careta expõe as dificuldades e dores de ser um artista, e estabelece um jogo de faz de contas para que Benvindo perceba o sentido de sua própria vida, condicionada aos padrões estabelecidos pela sociedade.
A peça fala sobre a condição humana ao expor os dois lados de um mesmo tipo de fragilidade: a desilusão frente à exploração social somada à uma insciência desta. Nesta versão, a obra de TimochencoWehbi, ganha um novo integrante: o sanfoneiro.

Este personagem, em meio às músicas, caminha entre as histórias de Benvindo e o palhaço Careta, conduzindo a dramaturgia em um labirinto entre ficção e realidade.A montagem traz elementos que ajudam a trazer a atmosfera do picadeiro para o palco com artistas circenses que fazem números de clown, malabares, mágica.
“O espetáculo é uma metalinguagem na questão da dificuldade de se viver de arte pelo país. O texto é um contraponto ao abordar o universo dos artistas, que mesmo diante de muitas barreiras, fazem o que mais gostam na vida. E também representa o mundo em que as pessoas seguem os costumes ditados pela maioria”, fala Carrera.
O ator viveu uma situação contrária de seu papel na vida real ao desistir da carreira médica e optar pela vida artística. “Definitivamente, trabalhar com arteno Brasil é resistir. Já meu personagem Benvindo abriu mão de seus anseios ao entrar para todos os padrões possíveis”.
“Um dos maiores trunfos do texto é fazer um jogo em que nos perguntamos quem é o palhaço de quem durante o encontro entre os personagens. Expurga os conflitos internos, coloca uma outra face do palhaço, além do picadeiro. Em cena, um é complemento do outro”, diz Netto.
Assim como o dramaturgo, Netto também nasceu em Presidente Prudente e sua atuação no espetáculo Palhaçosna cidade natal foi um fator determinante para sua chegada em São Paulo e continuar sua carreirano início dos anos 90. Os dois atores têm uma longa trajetória de parceria nos palcos, pois já trabalharam juntos em duas montagens da comédia musical Bar D’Hotel e no espetáculoDe Um Dia de Pierrot ao Curto-Circuito, obra também de TimochencoWehbi.
“TimochencoWehbi é um dramaturgo extremamente significativo, contendente, transgrediu a época em que vivia. Estava inserido na era da contracultura, um momento de ebulição na sociedade. Questões que não passaram em branco e ficaram refletidas em sua obra. Era uma pessoa apaixonada pelo circo e acompanhou bem as famílias que viviam dessa arte pelo interior”, diz os Netto.
 
FICHA TÉCNICA: 
Direção Geral: Marcio Vasconcelos. Assistente de Direção: Jair Aguiar.Iluminação:Agnaldo Nicoleti e Will Damas. Cenário e Figurino: Marcio Thadeu. Cenotécnico: Diego Dac. Costura: Duda Viana e Suellen Souza.Operação de Luz:Aline Prado. Elenco: Antonio Netto e Sérgio Carrera. Músico: João Soran. Artistas Circenses: Fábio Moreira, Victória Marcelino, Newron de Freitas, Wilson Leonardo e Paulo Barros (preparador e stand in). Produção: Cia das Artes e Cia Pompa Cômica. Assistente Geral: Aline Prado. Realização: Cia das Artes e Cia Pompa Cômica.Fotografia:Alexandre Diniz. Assessoria de Imprensa:Renato Fernandes.
 
   REALIZAÇÃO
CIA DAS ARTES
 
A Oficina de Atores da Cia das Artes de São Paulo objetiva a formação de jovens atores, através da pesquisa de linguagem do gesto mínimo, com a montagem de textos da dramaturgia brasileira (Dias Gomes, Nelson Rodrigues, Gianfrancesco Guarnieri, Plínio Marcos, Arthur de Azevedo, Paulo Jordão e tantos outros) e sempre se preocupa em deixar acesa a chama que norteia o ator: o amor pelo palco.
A administração é da própria Cia. das Artes, que existe há 20 anos e há 10 trabalha com a formação de atores na cidade de São Paulo. Calcado na certeza de que a “prática traz o conhecimento”, o grupo já estreou mais de 40 espetáculos, levou milhares de pessoas ao teatro e participou do desenvolvimento de centenas de estudantes de artes cênicas.
A Cia. das Artes prepara seus atores em parceria com a Oficina de Atores, sediada no Rio de Janeiro, que mantém núcleos de ensino de artes cênicas em Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Niterói, Santos e Campinas.
A profissionalização dos jovens atores acontece através da prática teatral em três espetáculos que ficam em cartaz em teatros da cidade São Paulo, pelo período mínimo de um mês cada espetáculo. Os atores que compõem o elenco da Cia. das Artes, em sua grande maioria jovens, estão em formação há dois ou três anos. A prática das artes cênicas garante o crescimento individual, que faz com que a cada nova estreia os atores estejam sempre um passo à frente do espetáculo anterior. Esse crescimento não se dá por acaso. Para que os jovens atores em formação vivenciem uma experiência ampla do fazer teatral, profissionais de carreira consolidada são convidados a participar do elenco, para que sejam também uma referência de atuação aos participantes.
Ao final da terceira temporada (terceira montagem), no período mínimo de 18 meses, o jovem ator deverá atingir uma avaliação mínima (6,5) dos Preparadores e então poderá pedir seu Certificado de Capacitação Profissional ao SATED/SP para a solicitação do DRT provisório (registro no Departamento Regional do Trabalho). Para solicitar o DRT definitivo, o SATED-SP determina o período de um ano (que é a validade do DRT provisório), para que o jovem ator comprove a participação em mais um espetáculo em cartaz ou passe pelo exame de banca. O princípio de nosso trabalho na preparação dos Jovens Atores está na máxima de ConstantinStanislawski: “Antes do ator temos um artista e antes deste temos o Homem; trabalhe o Homem e teremos o artista…”
Os encontros com os Jovens Atores em formação acontecem uma vez por semana pelo período de 2h30, quando recebem a preparação de Interpretação, Improvisação, Criação do Personagem, Preparação Corporal, Voz, Respiração, Teoria Geral, Interpretação do Texto com Don Correa, Will Damas, Márcio Tadeu, Márcio Vasconcelos, Adriana Gerizani, Antonio Ranieri, Márcia Azevedo e com os Diretores Antonio Netto e Jair Aguiar.
 
CIA POMPA CÔMICA - Projeto Arte Espalhada
 
A Cia Pompa Cômica existe há mais de vinte anos. Ela foi criada em 1996, dando início ao Projeto Peça-Saúde & Cidadania, que tinha como objetivo a montagem de espetáculos voltados para as questões sociais e ambientais.
Paralelo a este importante projeto sobre saúde e cidadania, a companhia criou o Projetovoraz, visando a montagem de espetáculos artísticos e também criar parcerias com outros grupos e companhias na criação de espetáculos experimentais, com uma proposta de pesquisa de novas linguagens teatrais. Participou de “Malkhut”, com direção de Denise Weinberg; “Terrorismo”, dos irmãosPresnyakov e direção de Cristina Cavalcanti; “Paisagem e Silêncio”, de Harold Pinter e direção de Denise Weinberg e “Alguém Vai Vir”, de Jon Fosse e direção de Alexandre Tenório. Além disso, produziu os espetáculos: “Brasil de Cabelos Brancos”, de Jorge Julião e dirigido por Debora Dubois; “Estão Voltando as Flores”, texto e direção de José Antonio de Souza; “Sete Palmos”, de Gustavo Sibem e direção de Fernando Neves; “ANTIDEPRESSIVOS”, texto e direção de Gustavo Sibem, além do espetáculo infantil “Silêncio”, de Gustavo Sibem e direção de Sério Carrera e Gustavo Sibem.
Há quatro anos desenvolve o Projeto ARTE ESPALHADA, projeto social que tem como objetivo levar gratuitamente suas espetáculos aos diversos setores da sociedade sem acesso aos bens culturais, tanto de São Paulo como de cidades vizinhas, graças às Leis de Incentivo, ao PROAC ICMS, e aos parceiros como o Programa Escola da Família, a Secretaria de Educação, aos CEUs e às Secretarias de Cultura. Nesses 4 anos já foram realizadas mais de trezentas apresentações. Pelo seu caráter social, recebeu o Prêmio Qualidade Brasil 2013.
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