17/03/2017 às 08h55min - Atualizada em 17/03/2017 às 08h55min
23ª Caminhada Penitencial Luminosa será nesta segunda, 03
Evento terá saída tradicional da praça São Benedito, rumo à Cruz do Cigano. Transporte de retorno será gratuito.
Portal Ternura
Foto: Arquivo
Há 23 anos fiéis de Ibitinga e toda a região participam da Caminhada Penitencial Luminosa, promovida pela igreja católica da cidade.
O evento reúne centenas de pessoas que caminham até o marco referencial da conhecida “Cruz do Cigano”, e promovem meditadas as estações da via sacra da fraternidade.
Segundo Itálico Moreale, organizador do evento, nesta segunda-feira, dia 03 de abril, a caminhada terá saída às 19h30min, da Praça São Benedito rumo ao marco referencial da cruz do cigano (trecho de aproximadamente cinco quilômetros) e velas e tochas usadas poderão ser adquiridas no Bazar Bom Jesus ou na Praça de São Benedito antes da caminhada.
Com o apoio da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ibitinga, o evento segue a tradição de 23 anos reunindo Fé, Devoção e o Folclore.
Foto: Arquivo
O CIGANO DE IBITINGA
Lenda do Cigano
Antônio (Cigano) morreu entre 1895 a 1900 na antiga Estrada Ibitinga/Itápolis, onde existe a Capela da Cruz do Cigano. Veio das tribos ciganas de Minas Gerais para Ibitinga onde iniciou um relacionamento amoroso com uma cigana que tinha dois filhos de um relacionamento anterior. Posteriormente começou a ser chamado de Antônio Mota.
Não sabe se este foi ou não seu verdadeiro sobrenome, mas é o que está descrito em sua laje. Numa andança pela cidade, parou numa casa para pedir água a Rosalina, moça conhecida por sua beleza, onde ambos acabaram se apaixonando, porém mantinham o relacionamento escondido. Rosalina por sua vez, tinha terminado um relacionamento recentemente. Por mais escondido que fosse, o antigo namorado da bela jovem ficou sabendo, assim como os dois filhos da cigana a qual era amasiado. Antônio era possuidor de dotes (riqueza) e começou a ser chantageado por um dos filhos da cigana e sofrer ameaças do ex-namorado de Rosalina.
Em determinado momento, tentou fugir com sua amada Rosalina para terras distantes de Ibitinga. Quando foram combinar o dia e a hora da fuga, Antônio entregou a Rosalina um crucifixo de ouro que usava no peito e a amada lhe entregou um ramalhete de flores como prova de seu amor. Dias depois quando montado em seu cavalo, subia da estrada onde hoje se encontra a Cruz do Cigano, foi atingido por uma bala em seu coração.
Antônio morreu naquele minutos depois e não soube dizer quem a disparou. Antes de morrer, agonizando e socorrido por amigos cigano confessou seu plano e seu amor pela bela. Antônio, como todo cigano, tinha habilidades manuais e confeccionava porta-jóias para sobreviver.
Diante do amor, começou a fazer um especial para a amada. Mas não conseguiu terminar o presente. Os ciganos ao encontrar o presente não acabado, resolveram ajudá-lo a terminar em outra vida, virando 3 pedrinhas preciosas. Por gratidão, quando alguém o ajudava com as pedras ele realizava o desejo solicitado. A história se espalhou e até hoje, centenas de pedras encontram-se sobre o seu túmulo.