27/04/2022 às 14h19min - Atualizada em 27/04/2022 às 14h19min

Há 6 anos, Ibitinga despedia-se de Duilio Galli

Artista marcou a história da Terra do Bordado e suas obras estão presentes em pinacotecas e museus nacionais e internacionais.

Portal Ternura
Há 6 anos, Ibitinga despedia-se de Duilio Galli. Foto: Divulgação/Redes sociais
 
Há 6 anos, no dia 27 de abril de 2016, Ibitinga (SP) despedia-se de uma ilustre figura: o artista plástico e cinegrafista Duilio Galli.
Nascido em São Carlos (SP) no dia 16 de setembro de 1930, Duilio considerava-se um ibitinguense de coração – e foi na Terra do Bordado onde ele viveu por boa parte da vida.
Em São Paulo, quando jovem, chegou a atuar como contabilista, mas deixou a profissão para se dedicar à arte. Ainda na capital paulista, conheceu Tarsila do Amaral, por quem foi aconselhado e tornou-se um grande amigo.
Dentre seus grandes feitos, foi responsável por conseguir o alvará da Prefeitura de São Paulo para que a Feira da Arte pudesse ser implementada na Praça da República.
No final da década de 60, o artista passou temporadas em Londres e Paris, onde manteve o estilo Duilio de ser e expor a arte. Retornando ao Brasil, faz parte a comissão encarregada de organizar e elaborar o estatuto da Associação Internacional de Artes Plásticas no Brasil (AIAP), onde atuou por muitos anos.
O artista também foi um dos responsáveis pela criação de uma feira de artes igual à da Praça da República em uma praça de Embu, que passou a se chamar “Embu das Artes”.
Em dezembro de 1971, inaugurou o Museu de Arte de Municipal de Ibitinga, que, em outubro de 2019, passou a receber o seu nome: “Museu de Artes e Acervo Histórico Duilio Galli”.
Em 1974, recebeu o então título de “Cidadão Ibitinguense”, sendo reconhecido pela cidade como um verdadeiro filho da Terra do Bordado. Mais tarde, em 2010, é outorgado pela Câmara Municipal de Ibitinga o título de “Comendador de Ibitinga” pela “Comenda da Ordem do Brasão”.

Duilio Galli recebendo o título de "Cidadão Ibitinguense". Foto: Arquivo da família
 
Em 1977, participou da XIV Bienal Internacional de São Paulo, sendo um dos selecionados dentre 6 mil artistas do mundo inteiro.
Em 1981 e 1982, viajou por vários países – Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Chile, Japão, Índia, Egito, Israel, Grécia, Itália, Portugal, Tahiti e Hawaí.
Entre 1984 e 1990, realizou frequentes viagens para Nova York, cidade pela qual se apaixonou. Em 1991, fixou residência na conhecida “The Big Apple” (“A Grande Maçã”, como Nova York é conhecida mundialmente), onde permaneceu por 10 anos. No mesmo período, comprou um sítio em Ibitinga, vindo para o Brasil e voltando aos Estados Unidos sempre que possível.
A partir de 2002, devido a um câncer de pulmão, não viajou mais, permanecendo em Ibitinga de vez, onde faleceu no dia 27 de abril de 2016. Mas o legado foi deixado: Duilio foi um grande artista e hoje suas obras estão espalhadas por todo o mundo!
TV Cidade
Durante 11 anos, atuou como Videorreporter e apresentador do seu programa: “Atualidades Duilio Galli” na TV Cidade de Ibitinga.
Foto: Reprodução/Facebook
 
Vídeo: Reprodução/Youtube
 
Produziu mais de 1600 matérias de cunho cultural e ecológicas, inúmeras foram utilizadas por emissoras como Globo, Bandeirantes e SBT. Dentre elas, o vídeo de uma “Sucuri regurgitando uma capivara”, sua matéria mais famosa – ela correu o mundo mundo e até hoje é apresentada no Canal Internacional Animal Planet. Exerceu suas funções até 2016, ano do seu falecimento.
 
Obras
Ainda hoje, suas obras continuam sendo negociadas e destinadas a museus e pinacotecas nacionais e internacionais, mantendo Duilio Galli na memória cultural de diversos lugares do mundo.
Confira abaixo o vídeo publicado pelos familiares de Duílio Galli nesta quarta-feira (27):
 

Vídeo: Divulgação/Facebook
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://portalternura.com.br/.