03/06/2021 às 16h26min - Atualizada em 03/06/2021 às 16h26min

Médica de Ibitinga é suspeita de negociar venda receitas de remédios falsos para vacinação da Covid

Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a denúncia a pedido do Ministério Público em Ibitinga. Áudio que faz parte da denúncia mostra uma suposta negociação da profissional com um paciente.

Portal Ternura
A Polícia Civil de Ibitinga (SP) abriu um inquérito a pedido do Ministério Público para investigar a denúncia de que uma médica estaria vendendo atestados médicos e receitas de medicamentos para que pessoas que não fazem parte dos grupos prioritários possam receber a dose da vacina contra Covid-19.
Segundo a promotoria de Justiça do MP, os atestados e receituários seriam vendidos pelo valor de R$ 30 e um áudio atribuído à médica Silvana Abrão Quaresma faz parte da denúncia. A profissional afirmou à reportagem que não irá se manifestar sobre o caso
A TV TEM teve acesso a esse áudio, que também estaria circulando nas redes sociais. 
Na conversa, a médica trata com um paciente os detalhes para elaboração de um receituário. Ela pergunta se a pessoa não possui nenhuma comorbidade mesmo (se não tem diabetes, hipertensão, problemas nos rins) e diz que é possível fazer uma receita médica falsa para a pessoa apresentar no momento da vacinação, como mostram os trechos:
- Nenhum dos dois tem nenhuma comorbidade? Pressão alta, diabetes, problemas renais, problemas cardíacos? São muitos gordos? Sei lá. Qualquer coisa que é que eu tenho um questionário e não vou falar tudo.
 
A médica ainda complementa com um alerta de que a receita é só para tomar a vacina e não usar os medicamentos, porque a pessoa é saudável e corre risco de morrer.
- Não tem nada e tem mais de 30 anos, terça e quarta vão vacinar. Aí eu faço a receita. Mas a receita é só para tomar a vacina, pelo amor de Deus. Vocês não vão me tomar o remédio porque vocês são pessoas normais, de pressão normal, não tem diabete e não tem nada. Aí acabar morrendo, está bem entendido? É isso? Duas receitas? É R$ 30 cada receita.
O Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo (Cremesp) também foi consultado e, em nota, informou que "até o momento não foi acionado sobre o assunto e aguarda denúncia formal das autoridades".
 
 
Fonte: G1
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