23/09/2016 às 08h08min - Atualizada em 23/09/2016 às 08h08min

STRE-GO interdita parte de frigorífico da JBS após vazamento de amônia

Sistemas de tubulação e de produção de carne estão impedidos de operar. Mais de 70 pessoas foram intoxicadas; empresa diz que atenderá pedidos.

Portal Ternura
Problema ocorreu em tubulação de gases, que foi interditada (Foto: Divulgação)
A Superintendência do Ministério do Trabalho em Goiás (STRE-GO) interditou, nesta quinta-feira (22), o sistema de tubulação que operam gases tóxicos do frigorífico de JBS, em Senador Canedo, Região Metropolitana de Goiânia. Diante disso, todo o setor de produção de carne também está inoperante. A medida foi tomada dois dias após um vazamento de amônia no local intoxicar mais de 70 pessoas.
Em nota, a assessoria de imprensa do órgão informou que o setor administrativo da empresa, no entanto, segue funcionando e não foi afetado pela decisão.
Em nota enviada ao G1, a assessoria de imprensa da JBS confirmou a interdição e disse "que atenderá a todas as determinações dentro dos prazos determinados" (Leia nota na íntegra no fim da reportagem).
O vazamento aconteceu na manhã da terça-feira (20). O auditor fiscal do trabalho, Rogério Silva, participou da equipe que fez a vistoria no local. Segundo ele, havia irregularidades nos equipamentos onde ocorreu o acidente.
"As tubulações não passaram pela inspeção que a norma exige, procedimento que tem de ser feito periodicamente e não foi realizado. Havia riscos de novos vazamentos", disse ao G1.
Ele explicou ainda que o prazo de interdição é indeterminado e está condicionado à regularização da questão. De acordo com o auditor, a empresa já se prontificou a contratar um profissional que analisará a situação para emitir um relatório liberando o local para voltar a funcionar.
Vazamento
 O problema ocorreu em uma tubulação de amônia que faz a refrigeração das câmaras frias do frigorífico. Segundo o Corpo de Bombeiros, a ala mais afetada da empresa foi uma sala onde a carne é desossada. Todo o prédio foi evacuado e os funcionários intoxicados foram encaminhados para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Senador Canedo e para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
A empacotadora Lizandra da Silva, que estava no local, disse que os colegas entraram em pânico após inalar a substância durante a evacuação do prédio. “Foi desesperador. A gente ouviu o barulho e todo mundo começou a correr”, contou.
Após vazamento de amônia frigorífico foi evacuado e vítimas atendidas (Foto: Vanessa Martins/G1)
Acidente
O major Fernando Caramaschi do Corpo de Bombeiros explicou que o acidente aconteceu em um cano externo do frigorífico da JBS, mas o ar contaminado entrou pelas janelas e afetou os trabalhadores. Ele afirma que, após a evacuação do prédio, o vento levou amônia para o local aonde os funcionários eram levados.
“O vento mandou a substância química, a amônia para onde eles estavam indo, no caminho da evacuação. Por isso o número de vítimas aumentou, visto que poucas pessoas tiveram contato próximo no local do vazamento. O restante foi contaminado quando estava caminhando”, contou.
O vazamento aconteceu por volta das 10h desta terça-feira. Segundo o Corpo de Bombeiros, a ala mais afetada do frigorífico foi uma sala onde a carne é desossada. Todo o prédio foi evacuado.
Nota à imprensa
A JBS confirma a inspeção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizada hoje (22) na unidade de Senador Canedo (GO), que resultou na interdição da planta. A retomada da produção deverá ocorrer após a entrega dos documentos solicitados pelo órgão, o que deve ser realizado nesta sexta-feira (23). A empresa informa que os itens apontados na fiscalização do MTE constam de plano de ação da Companhia, que atenderá a todas as determinações dentro dos prazos determinados. A JBS esclarece ainda que o incidente ocorrido no dia 20 deveu-se a uma falha operacional sem relação com a auditoria do MTE.
Fonte: G1
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