28/11/2024 às 07h47min - Atualizada em 28/11/2024 às 07h47min

Nego Di deixa presídio em Canoas após STJ conceder liberdade provisória

Réu por estelionato, influenciador Dilson Alves da Silva Neto passou mais de 130 dias na prisão. Humorista é acusado de envolvimento em suposto esquema de venda produtos que não teriam sido entregues por loja virtual

Foto: Reprodução/ RBS TV
O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, deixou a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) na noite desta quarta-feira (27). A soltura ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder liberdade provisória ao humorista, até o julgamento do mérito do habeas corpus solicitado pela defesa de Nego Di.

O influenciador, ao entrar em um carro preto, tirou a camiseta que usava, virou do avesso e a pendurou na janela do veículo com os dizeres: "Deus é o maior".

Réu por estelionato e lavagem de dinheiro, Nego Di estava preso preventivamente desde julho. O influenciador e o sócio, Anderson Boneti, são acusados de envolvimento em um suposto esquema de venda de produtos que não teriam sido entregues por uma loja virtual da qual seriam sócios.

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, da 5ª Turma do STJ, determinou uma série de medidas cautelares que deverão ser cumpridas por Nego Di:

  • Comparecer periodicamente em juízo para justificar atividades
  • Proibição de mudar de endereço sem autorização judicial
  • Proibição de se ausentar da comarca sem prévia comunicação
  • Proibição de frequentar/usar redes sociais
  • Recolhimento do passaporte

A decisão do STJ não estabelece data para apreciação do recurso de habeas corpus no Tribunal de Justiça do RS.

"No caso, os fatos denunciados datam do ano de 2022, a investigação foi concluída, a ação penal está em curso e os supostos crimes não envolveram violência ou grave ameaça. Além disso, o paciente ostenta condições pessoais favoráveis, como primariedade, residência fixa, etc. Conquanto esses aspectos não sejam garantidores de um direito à soltura, devem ser considerados para fins de concessão da liberdade provisória, como no caso em exame", considerou o ministro.

Relembre o caso

Nego Di é réu por crimes de estelionato qualificado pela fraude eletrônica (17 vezes). Segundo o Tribunal de Justiça, o influenciador e o sócio teriam lesado mais de 370 pessoas com vendas pelo site Tadizuera entre 18 de março e 26 de julho de 2022.

A apuração da Polícia Civil indica que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a Dilson na época, passa de R$ 5 milhões. Usuários relataram que compraram produtos como televisores, celulares e eletrodomésticos na página virtual, mas não teriam recebido os itens, nem a devolução dos valores.

A Polícia Civil afirma que Nego Di usaria a própria imagem para aumentar o alcance dos anúncios pela internet – com abrangência nacional, o que fez com que houvesse supostas vítimas até de fora do RS.

Fonte:https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/11/27/nego-di-solto.ghtml
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