30/12/2016 às 07h27min - Atualizada em 30/12/2016 às 07h27min
Sindicato Rural comemora quantidade de mulheres associadas em 2016
Superando obstáculos e ganhando espaço na sociedade, mulheres no agronegócio é uma linha crescente
Portal Ternura
Por Yara Racy
As mulheres venceram barreiras e conquistaram espaço na sociedade em diferentes setores da economia. No agronegócio, o cenário não é diferente e o número crescente de associadas do Sindicato Rural de Ibitinga e extensão de base em Tabatinga comprova. São 160 associadas, engajadas e fortalecendo a presença da mulher no campo.
Atuantes na agricultura e na pecuária, a maioria das representantes femininas nesta área possui Ensino Superior completo e participa de entidades do setor. Edna de Fátima Pires Camargo, por exemplo, proprietária do Sítio Nossa Senhora de Fátima, sempre foi independente. Arrendo terra para produção de cana-de- açúcar há muitos anos, além disso, trabalha com doces artesanais de mamão, batata, abacaxi e também molho de pimenta, entre outras variedades.
Francisca Maria Camargo Semini, proprietária do Sítio Santa Luzia, participa ativamente dos cursos oferecidos pelo Sindicato Rural em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-SP) e considera o agronegócio de grande relevância para o país.Trabalha em parceria com a irmã Edna Camargo e Edson Pires de Camargo com a produção de doces caseiros, além disso, é apaixonada por artesanato e sempre participa dos cursos oferecidos pela entidade em busca de conhecimento e aperfeiçoamento. Para ela, a mulher também tem potencial e é feliz por fazer parte desse publico independente.
Suzete Maria Seino Kalil Issa, proprietária do Sítio São Benedito,avalia o papel da mulher no mercado de trabalho não só no meio rural. Segundo ela, apesar de ainda existir preconceito quando se fala em mulheres administradoras, elas adquiriram autonomia. Quando iniciou no setor rural, Suzete teve que pesquisar e aprender mais sobre as diversas culturas, para aperfeiçoar o seu trabalho e uma grande vantagem que considera de ser mulher está, justamente, em não ver como obrigatório ter todas as respostas e, quando preciso, saber chamar um técnico ou buscar conhecimento por meio de cursos e treinamentos. Para Suzete, a mulher também tem potencial para se aprimorar, realizar e conquistar.
A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) identificou 1,3 mil mulheres responsáveis pela gestão ou produção agropecuária no país. Em pesquisa realizada com 310 mulheres, que aceitaram participar do estudo, a associação apurou que 88% são independentes financeiramente e 14% contribuem mais nas despesas da família. A pesquisa revelou, ainda, que 71% das entrevistadas já tiveram alguma experiência em que o fato de ser mulher foi uma barreira para ser ouvida ou ascender profissionalmente.
Para o presidente do Sindicato Rural, Luiz Flávio Pinheiro, o crescimento no número de associadas reflete o importante papel da mulher na sociedade e a sua contribuição para o desenvolvimento de atividades produtivas em todas as áreas do conhecimento. A expectativa da entidade, segundo ele, é que esse número continue aumentando no próximo ano.