17/01/2024 às 16h31min - Atualizada em 17/01/2024 às 16h31min

Prefeita Cristina tira R$ 1,8 milhão de remédios e alimentos para comprar Cemitério Milionário

Portal Ternura
Marco Arantes e Prefeita Cristina Arantes
A população do município de Ibitinga foi surpreendida na semana passada, pela notícia da compra, pela Prefeitura Municipal, do Cemitério Milionário sediado no Jardim dos Bancários, pelo valor inicial de R$ 4.300.000,00 (quatro milhões e trezentos mil reais), sendo que os custos finais para realizar as obras necessárias devem ultrapassar R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais).
Com isso, muitos questionamentos e declarações da real necessidade desta aquisição por valores tão expressivos, num período crítico das contas (que não fecham) da municipalidade. 
E ontem (16), a surpresa tornou-se um choque para quem assistia à sessão extraordinária, na Câmara Municipal, quando o Vereador Murilo Bueno afirmou que o primeiro Ato Administrativo da Prefeita Cristina Arantes em 2024, foi de retirar R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais)  da aquisição de remédios através do SAMS, bem como auxílio transporte para pacientes, exames médicos e até de alimentação para os munícipes (pacientes) para comprar o Cemitério Milionário.
Não bastasse deixar a Saúde Pública de Ibitinga que já está colapsada há pelo menos 4 anos, a Prefeita Cristina Arantes, ainda retirou mais R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) da Secretaria de Desenvolvimento Social, ou seja, retirou dinheiro, como por exemplo, de Comida da Boca das Famílias mais carentes do Município.
O fato revelado pelo Vereador Murilo Bueno, deixou até os Vereadores da Base Eleitoral da Prefeita revoltados com a situação. 
Resumindo, o ano de 2024 mal começou e a primeira atitude da Prefeita Cristina Arantes foi Decretar de punho próprio, a suplementação de 1,8 milhão de reais do orçamento de 2024, transferindo dinheiro destinado à Saúde da população e na comida dos mais necessitados, sem dó e nem piedade.
FALTA DE REMÉDIOS
A população de modo geral, principalmente a mais carente, tem o direito de acesso a remédios disponibilizados pela rede de Saúde, na chamada Farmácia do Postão. Porém, há meses que munícipes reclamam da falta de medicamentos no local (a lista atual apresenta pelo menos 37 medicamentos em falta na Farmácia Popular), e deve ter a situação agravada ainda mais pela falta deste dinheiro (1,5 milhão de reais) transferido para aquisição do cemitério.
Recurso que destinava-se para outros benefícios à população além de remédios, que deverão sofrer cortes como: Auxílio Combustível, Transporte de Pacientes, entre outros.
Já os R$ 300 mil reais retirados da ficha* da Secretaria de Desenvolvimento Social, a Prefeita retirou de um Projeto que ela mesmo idealizou, denominado ‘Prato Social’. O total orçamentário deste projeto era inicialmente de R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais), agora apresenta-se no orçamento com R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
Se não bastasse, foi grande a revolta dos Fornecedores da Prefeitura e SAMS que enfrenta problemas de atraso nos pagamentos. Estima-se que a Prefeitura de Ibitinga esteja (ainda para fechamento de 2023) com dívidas a pagar que ultrapassem R$ 20 milhões.
ENTENDA O CASO
No ano passado, a Câmara Municipal recebeu o Projeto de aquisição do Cemitério sediado no  Jardim dos Bancários. No entanto, pela ausência de recursos previstos no orçamento (LOA) de 2023, questionamentos sobre questões de ordem Ambiental da área, bem como valores atribuídos ao local que não correspondem ao praticado nas especulações imobiliárias da cidade, apresentou um PARECER CONTRÁRIO à aquisição que foi acatado por todos os vereadores.
No entanto, em dezembro de 2023, houve a apreciação e os vereadores aprovaram o LOA – Lei Orçamentaria Anual. Logo que a aprovação aconteceu na Câmara Municipal, a Prefeita Cristina Arantes sancionou a Lei. Porém, semanas depois, mais precisamente dia 3 de janeiro 2024, a Prefeita determinou um Ato Administrativo modificando a Lei Orçamentária e decretou a retirada do dinheiro da Saúde Pública e do Desenvolvimento Social, dois setores que atingem diretamente a população, para pagar o Cemitério Milionário.
Um cenário de no mínimo estranheza diante de extremo desespero pela compra do cemitério, mesmo diante de tantas áreas de terra de propriedade do município, bem como locais mais *baratos para estruturar e habilitar o funcionamento de um segundo cemitério na cidade. 
Agora, é aguardar os próximos capítulos.
 
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