16/11/2023 às 06h55min - Atualizada em 16/11/2023 às 06h55min

ATÉ QUANDO? Quais as políticas públicas para casos de violência doméstica em Ibitinga

Portal Ternura
Por Daniela Branco de Rosa
Casos de mulheres agredidas em Ibitinga (SP) tem sido uma constante nos registros policiais em 2023.  E um fato que chama a atenção, é que na maioria das vezes, as agressões são recorrentes e a vítima não consegue encerrar esse ciclo de violência na sua vida.
Nesta semana, por exemplo, mais precisamente no útlimo dia 14 de novembro, por volta das 17h30min, uma moradora no Jardim Flamboyant acionou a Polícia Militar após ser ameaçada de morte e agressão pelo próprio companheiro.
Segundo declaração da mesma, na noite anterior, foi esganada pelo homem vindo a sofrer ferimentos, e no dia seguinte, ao chegar em casa, o homem mais uma vez passou a agredi-la.
Na tentativa de acionar o 190, o agressor avisou à mulher que iria matá-la (mais ameaças), e a vítima buscou pelo celular e fez a ligação para a Polícia. E na presença das autoridades policiais, o homem negou qualquer agressão à vítima, e apenas confirmou uma leve* discussão com a companheira. 
Foi aí que conduziram os dois para a UPA e o exame de corpo de delito confirmou as agressões na mulher, sendo posteriormente levados à delegacia de Polícia Civil para lavratura do boletim de ocorrência e a adoção de Medida Protetiva para a vítima.
Não foi relatado no boletim se o agressor permaneceu preso.
ATÉ QUANDO?
Essa recente onda de casos estarrecedores de violência contra a mulher expõe uma triste realidade que parece distante de transformação. A história narrada no boletim de ocorrência desta matéria chama atenção, pois é notório que os agressores de plantão não pesam o devido valor que uma Medida Protetiva adota na essência de seu teor.
Não é nada razoável desprezar um simples papel (Medida Protetiva), mas o que vem sendo demonstrado é uma 'chacota' para muitos homens covardes.
A maioria dos casos de violência contra a mulher atingem mulheres negras, homossexuais, feministas, e, principalmente, mulheres com dependência emocional e financeira dos companheiros.
Embora falemos sobre o empoderamento feminino, as conquistas das mulheres nos últimos dois séculos, grandes saltos de igualdade como o direito ao voto, salários mais decentes e compatíveis aos dos homens no mercado de trabalho, espaço e líderanças em setores e esferas que não se permitiam a opinião feminina, ainda assim, uma reflexão da atual realidade sobre a diminuição da mulher na sociedade que é cruel e evidente.
As práticas públicas são essenciais para garantir a estabilidade e qualidade de vida às pessoas. E neste caso, às mulheres.
PROCURADORIA DA MULHER 

Procuradoria da Mulher é composta pelas vereadoras Janaína, Alliny e Daniela. foto: Divulgação
 
Numa iniciativa da vereadora Janaína Bastos, foi criada na Câmara Municipal de Ibitinga, a Procuradoria da Mulher. Com isso, o direito e acesso às políticas públicas de combate à violência contra a mulher são desenvolvidas e aplicadas de forma mais ampla e direta.
Com a composição das três vereadoras da Casa de Leis: Janaína, Alliny e eu mesma, hoje é possível amplificar os serviços e orientação ao público feminino que busca por ajuda nestes recorrentes casos de violência em Ibitinga. 
Qualquer dúvida, busca de orientação e ou denúncia, pode ser feita através da Procuradoria da Mulher. A Câmara Municipal de Ibitinga fica na Avenida Victor Maida, ao lado do Espetinho Brasinha (para melhor localização).
Além da Procuradoria da Mulher, no âmbito da Segurança Pública, temos em Ibitinga a Delegacia de Defesa da Mulher, Delegacia de Polícia Civil e Polícia Militar. Não deixe de denunciar. O disque 100 também é essencial.
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