Embora o desgaste do ouvido seja natural e ocorra de modo similar a qualquer outro órgão com o avanço da idade, os maus hábitos, ainda na juventude, podem diminuir a qualidade de recepção sonora e até mesmo comprometer a audição. O alerta é da fonoaudióloga Andréa Varalta Abrahão, diretora técnica da rede Direito de Ouvir - uma das mais importantes empresas de aparelhos auditivos no Brasil. “O ouvido é um órgão muito sensível, que requer cuidado continuado, durante toda a vida, a fim de que suas funções –de equilíbrio e transmissão de sons para o cérebro – sejam preservadas, sem perdas auditivas”, afirma.
Para estar atento aos maus hábitos que podem prejudicar a saúde auditiva, a especialista relaciona alguns pontos de atenção.
Uso de medicamentos que afetam os ouvidos
Não à toa, o uso de medicamentos deve ser sempre assistido pelo médico. Segundo Abrahão, alguns medicamentos, chamados ototóxicos podem causar problemas auditivos, ainda que a ototoxicidade seja temporária e os distúrbios não perdurem. Estima-se que existam cerca de 200 remédios considerados ototóxicos.
Descuidos mais comuns
As infecções (otites) no ouvido são muito comuns durante a infância, mas não limitadas a essa fase da vida. Nas crianças, as três principais causas das inflamações são referentes às secreções nasais, à posição que a criança é amamentada, geralmente deitada (os líquidos passam pela tuba auditiva) e ao fato de o canal auditivo não estar completamente desenvolvido. As recomendações nesses casos são que os responsáveis mantenham as vias áereas sempre limpas e, na dúvida, procurem a ajuda de um otorrinolaringologista ou de um pediatra.
Nos adultos, as dores de ouvido e as coceiras são os sintomas das inflamações. As causas mais comuns das otites externas estão relacionadas ao contado dos ouvidos com a água, ao uso de hastes flexíveis e a problemas respiratórios. “Durante uma prática esportiva, como a natação, o ideal é proteger os ouvidos com tampões e secar a parte externa bem, com a toalha, ao término da atividade. Nadar em água poluída pode favorecer a presença de agentes patológicos no canal auditivo e ser danoso para a saúde dos ouvidos”, diz a fonoaudióloga.
Quanto à cera, a especialista adverte ser uma barreira de proteção natural contra os microorganismos. “O uso de hastes flexíveis ou objetos pontiagudos deve ser evitado”, sentencia.
Outro fator que contribui para as otites é o clima seco. Ele agrava os problemas respiratórios e, com o acúmulo de secreções nas vias aéreas, pode aumentar a proliferação de bactérias no canal auditivo. Umidificar o ar pode ser uma maneira de prevenção.
Exposição ao ruído
Os sons são a matéria-prima dos ouvidos. Existe, no entanto, uma intensidade de volume de exposição aos ruídos que deve ser evitada. “A exposição frequente e por longos períodos a sons acima de 80 decibéis – o que equivaleria a uma rua com tráfego pesado na hora do rush– pode provocar perda auditiva e danos irreversíveis à audição”, diz a fonoaudióloga.
Os fones de ouvido podem ser usados, desde que respeitado o volume tolerável pelos ouvidos e o tempo de exposição. “Não é aconselhável passar dos 80 decibéis nem de 8h diárias de uso. Os ouvidos também precisam descansar.”
Além dos usuários de fones de ouvidos, profissionais que trabalham em ambientes ruidosos devem estar atentos à saúde auditiva. “Trabalhadores da indústria, como os da construção civil e metalurgia, motoristas de veículos de carga, entre outros, devem sempre fazer uso dos equipamentos de segurança do trabalho, entre eles os protetores auriculares.”
Uso de objetos pontiagudos
A primeira coisa a ser abolida do dia a dia no cuidado com os ouvidos é o uso de hastes flexíveis. “Eventualmente, elas podem ser utilizadas, mas apenas para a limpeza externa. A toalha ou o papel macio podem ser usados com o mesmo propósito. Mais do que isso pode ser perigoso e expor o tímpano à perfuração.” O melhor a fazer, segundo Abrahão, é secar bem os ouvidos com o auxílio de uma toalha após o banho de chuveiro, mar ou piscina. Quando entrar água no ouvido, a recomendação é deitar de lado e movimentar a orelha com a ajuda da mão, para que a água encontre a saída.
A perda auditiva, ao contrário do imaginário popular, não atinge apenas pessoas com idade avançada. Crianças logo após o nascimento contam com o teste da orelhinha para verificar se a audição está preservada. Ao longo da vida, a recomendação da fonoaudióloga é incluir o teste de audiometria no check-up anual, principalmente a grupos mais expostos, pelo trabalho ou lazer, a agentes prejudiciais à audição. “O exame favorece o prognóstico. Quanto mais cedo diagnosticado o problema, maiores são chances de proteger e tratar a audição e de o paciente ter suas interações do cotidiano e convívio social inalterados.”
Sobre a Direito de Ouvir
No mercado desde 2007, a missão da Direito de Ouvir é possibilitar às pessoas com perda auditiva uma melhor qualidade de vida através de uma ampla variedade de aparelhos com preços acessíveis e alta tecnologia. A empresa adotou formato de franquia em 2013 para possibilitar que empreendedores de diferentes segmentos - e não apenas fonoaudiólogos – pudessem ter a chance de trabalhar com a marca, considerada uma das mais importantes no segmento de aparelhos auditivos no Brasil. O sucesso fez com que em 2014, a rede se juntasse à multinacional Amplifon, líder mundial em soluções auditivas, presente em 22 países. A Direito de Ouvir possui cerca de 400 fonoaudiólogas credenciadas, uma loja própria e cinco franquias em diferentes regiões do país. Site: http://www.direitodeouvir.com.br/
Atendimento à imprensaATITUDECOM | Estratégia em comunicação