16/06/2023 às 14h20min - Atualizada em 16/06/2023 às 14h20min

Denúncias relatam que Vanessa Pultrini desligou câmeras na noite anterior à inspeção sanitária

Denúncias foram feitas por funcionários da Santa Casa de Ibitinga sob sigilo de identidade.

Portal Ternura
Denúncias relatam que Vanessa Pultrini desligou câmeras na noite anterior à inspeção sanitária. Foto: Santa Casa de Ibitinga/Portal Ternura
Denúncias de funcionários da Santa Casa de Ibitinga (SP) revelaram, com exclusividade a nossa reportagem, sob condições de não serem revelados os nomes por medo de perseguição no trabalho, que a gestora Vanessa Pultrini recebeu uma chamada via WhatsApp de Antônio Carlos Feitosa no dia anterior à ida da Vigilância Sanitária ao hospital mandando que fosse realizada uma “limpeza imediata na cozinha, assim como a remoção de alimentos vencidos, nem que passasse a madrugada toda fazendo o serviço”.
Diante das ordens, na noite de 15 de maio, Vanessa convocou mais 3 pessoas para realizar a FAXINA na cozinha. Porém, antes disso, orientada por FEITOSA na mesma ligação, teria desligado as câmeras de segurança das alas de acesso e da cozinha da Santa Casa para não deixar registrado o CRIME.
O Programa Boca no Trombone levou essa denúncia ao ar nesta semana e SOLICITOU QUE A SANTA CASA DIVULGASSE NA SUA REDE SOCIAL ou entregasse à IMPRENSA LOCAL as imagens dos dias 15 e 16 de maio  dos corredores, alas e da cozinha do hospital, para que as mesmas passem por análise com a finalidade de ter conhecimento se são realmente originais e não falsificadas, bem como para provarem a suposta inocência da Santa Casa. Até o momento, ninguém do hospital se pronunciou a respeito do assunto e nem divulgou as imagens.
O Sistema de Câmeras de Segurança é OBRIGATÓRIO em Santas Casas e devem ter manutenção periódica, bem como imagens arquivadas em banco de dados.
Após a “Faxina” realizada na Cozinha da Santa Casa para remoção de todas as irregularidades, no dia 16 de maio, um dia após, conforme a INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA, a VIGILÂNCIA SANITÁRIA realmente esteve no local para fazer a inspeção.
Ainda no mês de maio, em Sessão Solene na Câmara Municipal, os vereadores Marco Fonseca, Richard de Rosa e Murilo Bueno fizeram um requerimento para solicitar o laudo da blitz da Vigilância Sanitária, cujo conhecimento é de Interesse Público. “Imagina um doente recebendo comida vencida”, disse Marco Fonseca.
Na Sessão Ordinária uma semana após, já em junho, a BANCADA DA PREFEITA CRISTINA ARANTES se reuniu na Prefeitura Municipal, com a presença de VANESSA PULTRINI e dos vereadores Fernando Inácio,  Ricardo Prado, Célio Aristão, Janaína Bastos, Alliny Sartori e Zé Nilson, para bloquear o deferimento do Requerimento na Câmara Municipal, que SOLICITAVA CÓPIA DO LAUDO DA VIGILANCIA SANITÁRIA, com a clara finalidade de esconder da população o seu conteúdo.
Prefeita Cristina, Vanessa Pultrini e vereadores em reunião. Foto: Divulgação/Redes sociais
De fato, o Requerimento foi reprovado pelos vereadores que estavam reunidos com a Prefeita. “...qual o propósito da reprovação do Requerimento que interessa principalmente à Santa Casa para mostrar a sua idoneidade, bem como deixar a população de Ibitinga tranquila?” questionou Marco Fonseca.
 
SAIBA O QUE É INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA E O SEU CRIME
O Projeto de Lei 3448/21 dobra a pena no crime de uso indevido de informação privilegiada cometido por funcionário público com participação ativa nas políticas fiscal, monetária e cambial. O texto em análise na Câmara dos Deputados insere o dispositivo na Lei do Mercado de Valores Mobiliários.
Segundo a lei, aquele crime consiste em “utilizar informação relevante de que tenha conhecimento, ainda não divulgada de uma informação, que seja capaz de propiciar, para si ou para outrem, vantagem indevida, mediante negociação, em nome próprio ou de terceiros, ou de valores mobiliários”. A pena hoje é de reclusão, de 1 a 5 anos, e multa de até três vezes o montante da vantagem ilícita obtida.
O projeto de lei, ao dobrar a pena no caso de funcionário público, usa definição do Código Penal pela qual é “funcionário público” quem, “embora transitoriamente ou sem remuneração”, exerce cargo, emprego ou função pública. Cargos em comissão podem elevar as penas.
*Com informações da Agência Câmara de Notícias
 
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