Rio Branco, paixão do ibitinguense – O triste fim de uma luta de décadas

Por Robson de Rosa
 
Rio Branco, paixão do ibitinguense – O triste fim de uma luta de décadas. Vídeo: Portal Ternura

Antes de falarmos sobre a tentativa de venda de parte do Patrimônio do Rio Branco, para se levantar dinheiro, realizada pela nova diretoria, comandada por Fernando Inácio (inclusive vereador) e Luizinho Sacola, reportamos que o Ex-Presidente do Clube, RIVALDO, e o atual, GODOFREDO DE OLIVEIRA (GODÔ), nada têm a ver com tudo o que aconteceu. A reportagem apurou que tanto Rivaldo como Godô não fazem parte desta triste história e estão nela porque acreditaram na falsa proposta de melhorar e reativar o Clube Rio Branco.
Fica registrado também o desprezo e a total falta de consideração da Nova Diretoria com o desportista DELEY, que por quase toda a sua vida lutou pelo Rio Branco, sendo jogador e técnico de jovens futebolistas por anos, sendo demitido sem qualquer razão pela atual Diretoria.
O Estatuto do Rio Branco reza que o Clube só pode ser doado se um dia for insolúvel e se um terminar em pó; ou se um dia não tiver um cidadão vivo que possa administrar o mesmo. Aí sim, poderá ser DOADO seu patrimônio em terra a alguma instituição de caridade de Ibitinga.
O Estatuto passou por modificações para atender as normas da Federação Paulista de Futebol. O Estatuto do Rio Branco é de 1937 feito por Américo Franceschini. Devido à reforma da propriedade se torna contraditório, uma vez que um Clube que sofria reformas não poderia estar insolúvel.
Para ser doado, a votação tem que ser unânime, com todos os votos favoráveis do Conselho Deliberativo e sua Diretoria. Um voto contra impede qualquer doação ou transação imobiliária.
Em 2022, foi reunido os membros do Conselho Deliberativo e da Diretoria para votar a transferência ou negociação de parte da área do Rio Branco (faixa de terra lateral a Avenida Jornalista Roque de Rosa). Na votação, os conselheiros mais antigos votaram contra e a negociata não aconteceu.
Depois deste episódio, o Conselheiro de Honra, Darci Marques Salles, ficou doente e se afastou do Rio Branco.
O Estatuto ressalta ainda sobre a obrigatoriedade de um Conselho Fiscal. Nossa reportagem apurou que até o momento não foi nomeado este Conselho. Cabe ao Presidente do Conselho Deliberativo, Fernando Inácio, o responsável para nomear este Conselho Fiscal, que é o responsável em apurar gastos e receitas do Clube, cabendo inclusive a criminalização em caso de irregularidades nos gastos.
Outra irregularidade no Estatuto está nas votações do Rio Branco. Diz o documento que só podem votar os sócios do Rio Branco. Como o Clube não tem mais sócios, a votação ficou comprometida, pois apenas o Conselho vem votando as pautas do Clube. O quadro social do Clube é formado por sócios com direito e deveres constituídos. Existem os Sócios Beneméritos, Patrimonial, Fundador e Contribuinte. Para fins eleitorais só podem votar o sócios desde que adimplentes com todas as contribuições estipuladas. Isso significa que quem não era sócio não poderia votar, fato que aconteceu.
Quanto ao Patrimônio do Clube, bens e imóveis só poderão ser alienados, permutados, onerados ou gravados com a deliberação unanime do Conselho Deliberativo. Se tiver um voto contra não tem como negociar o patrimônio.
Dissolvida a Associação, o remanescente de seu patrimônio deverá ser doado a entidades de fins não econômicos situados dentro do Município de Ibitinga.
No artigo de 42 do Estatuto diz que somente poderá ser dissolvido em caso de dificuldades insuperáveis ao preenchimento de suas finalidades, desde que a votação também seja unânime. Daí os motivos que impediram a negociação do Esporte Clube Rio Branco. 
Você pode acompanhar o caso da notória deterioração das instalações do tradicional Esporte Clube Rio Branco através da reportagem elaborada pelo Portal Ternura de Notícias.
Comparação do Rio Branco em novembro de 2022 e fevereiro de 2023.