CETESB aponta que baixa quantidade de oxigênio na água causou alta mortandade de peixes em Ibitinga

CETESB aponta que baixa quantidade de oxigênio na água causou alta mortandade de peixes em Ibitinga. Foto: Divulgação/Arquivo pessoal
 
A Companhia Estadual do Estado de São Paulo (CETESB) emitiu uma nota técnica apontando que a alta na mortandade de peixes no Rio Jacaré-Guaçu, em Ibitinga (SP), está atrelada à baixa quantidade de oxigênio na água.
De acordo com o órgão, as chuvas que atingiram o município entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 fizeram com que o nível do Jacaré-Guaçu aumentasse em mais de 2 metros de altura e que parte da matéria orgânica que ficava às margens do rio fosse para o interior.
Segundo a nota técnica, no dia 06 de janeiro foi realizada uma medição na ponte localizada na Estrada Municipal IBG-354 que constatou que o valor de Oxigênio Dissolvido (OD) estava inferior a 0,37 mg/L.
Conforme dados divulgados pela CETESB, o valor mínimo de OD para a preservação da vida aquática é de 5,0 mg/L, podendo variar de acordo com as espécies que habitam o local.
Quando o valor de OD está abaixo de 2,0 mg/L, como no caso avaliado pela companhia em Ibitinga, considera-se a condição de hipoxia, quando não chega oxigênio suficiente às células de um corpo. A situação é considerada perigosa para o desenvolvimento da vida aquática.
Valor de Oxigênio Dissolvido (OD) estava inferior a 0,37 mg/L. Foto: Divulgação/CETESB
 
Denúncias de moradores
Moradores de Ibitinga chegaram a enviar vídeos ao Portal Ternura e ao Cafezinho Amargo denunciando a alta na mortandade de peixes no Rio Jacaré-Guaçu no começo de janeiro deste ano.
Munida das informações, a vereadora Daniela Branco de Rosa procurou pela CETESB, que apontou que as mortes foram causadas por fenômenos naturais e que “não foi identificada doente de poluição específica que pudesse alterar a qualidade do referido corpo de água.