26/01/2023 às 08h51min - Atualizada em 26/01/2023 às 08h51min

Sequestro em Ribeirão Preto: vítima passa a ser investigada por lavagem de dinheiro após pagar resgate com criptomoedas

Homem sequestrado com a esposa é alvo de 2ª fase de operação da Polícia Civil deflagrada na quarta-feira (25). Criminosos forçaram casal a transferir R$ 2 milhões em maio de 2022.

Portal Ternura
Agentes cumpriram mandados pela Operação Kirvem em quatro estados, incluindo São Paulo, SP, em novembro de 2022 — Foto: Divulgação/Polícia Civil
 
O homem que utilizou criptomoedas para pagar a libertação dele e da esposa de um sequestro em Ribeirão Preto (SP) passou a ser investigado por lavagem de dinheiro na segunda fase da Operação Kirvem, deflagrada nesta quarta-feira (25).
O sequestro ocorreu em maio de 2022, quando o casal foi forçado por uma quadrilha a transferir aproximadamente R$ 2 milhões em uma moeda digital. (veja abaixo)
Segundo a Polícia Civil, o suspeito tinha como alvo usuários da internet que aplicam em criptomoedas. A investigação aponta que ele invadia os dispositivos das vítimas e, após captar os dados, fazia transferências indevidas entre as carteiras digitais.
Foram cumpridos dois mandados de busca em endereços vinculados ao homem, que teve bloqueados os criptoativos mantidos em uma plataforma on-line. A identidade do suspeito não foi divulgada.
 
O sequestro
De acordo com o delegado seccional de Ribeirão Preto, Gustavo André Alves, a esposa do homem investigado por lavagem de dinheiro, uma empresária, foi rendida pelos criminosos e levada para um cativeiro em maio do ano passado.
Na sequência, outros bandidos invadiram a residência do casal e renderam o marido dela, que acabou realizando a transferência milionária.
"A mulher foi arrebatada em um determinado local, levada para um cativeiro, e os criminosos foram até o apartamento onde eles residem e renderam o marido. Tendo conhecimento, renderam a vítima e informaram que a mulher estava rendida. Saíram do apartamento, liberaram a esposa e, a partir de então, iniciaram-se as investigações", afirmou o delegado, na época.
A quadrilha
Conforme o delegado Gustavo Alves, os suspeitos de sequestrar o casal utilizavam um imóvel em Imperatriz (MA) como base. No local, transferiram a quantia milionária para 120 endereços virtuais diferentes na tentativa de ocultar a origem dos valores.
Os recursos foram retirados de um "hardware wallet", dispositivo que protege o banco de dados contra vírus e hackers.
A primeira fase da operação foi deflagrada em novembro do ano passado e contou com policiais civis e agentes do Ministério Público (MP). Na ocasião, cinco pessoas foram presas temporariamente em Ribeirão Preto, Maranhão (MA) e Ceará (CE).
Ainda de acordo com Alves, uma amiga do casal informou à quadrilha que as vítimas tinham aproximadamente R$ 2,5 milhões em criptomoedas.
Estima-se que, das 15 criptomoedas obtidas pelos bandidos, 14 tenham sido devolvidas ao casal. O caso é investigado como extorsão mediante sequestro.
 
 
Fonte: G1
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