16/11/2022 às 10h53min - Atualizada em 16/11/2022 às 10h53min

Para disfarçar a polêmica dos R$9 milhões, prefeita tenta, em vão, colocar a culpa na imprensa

Nome do Lar São Vicente de Paulo chama atenção no Projeto de Lei, mas dos milhões solicitados, apenas R$3,8 mil são para o asilo de Ibitinga.

Portal Ternura
Depois de toda repercussão negativa sobre o polêmico Projeto de Lei solicitando R$ 9 milhões à Câmara Municipal de Ibitinga (SP), com argumento de que R$3,8 mil iriam para o Asilo São Vicente de Paulo, a Prefeita Cristina Arantes lançou uma nota no seu perfil pessoal do Facebook, alegando que a matéria noticiada pelo Portal Ternura é inverídica.
A Prefeita diz assim em sua publicação: “O CONTRATO COM A RÁDIO FOI REINSCINDIDO E TALVEZ ESSE SEJA O MOTIVO DE TANTA RAIVA. NÃO PRETENDO CALAR A VOZ DE NINGUEM. FALE O QUE QUISER, PORÉM PODE TER CONSEQUENCIA. JORNALISMO TEM DE TER A VERDADE DOS FATOS E NÃO, ESSE NÃO TEM”.
Post realizado pela Prefeita Cristina Arantes no Facebook. Imagem: Divulgação/Redes sociais

 
Post realizado pela Prefeita Cristina Arantes no Facebook. Imagem: Divulgação/Redes sociais
No Cafezinho Amargo desta quarta-feira (16), o jornalista Robson de Rosa fez esclarecimentos a respeito do assunto, confira abaixo!
Primeiro - Na declaração da Prefeita, ela fala em falta da verdade dos fatos, mas sequer comenta no texto alguma coisa errada, dita ou escrita na matéria divulgada pelo Grupo Roque de Rosa A matéria é totalmente verídica e está Projeto de Lei, assinado pela Prefeita Cristina, está publicado na íntegra no Portal Ternura. “É só entrar e ler e constatar que tudo o que dissemos é verdade”, afirma o jornalista Robson.
Segundo - O JABOTI incluso na matéria, de se passar um Projeto de Lei de R$ 9 milhões à Prefeitura, com a desculpa de utilizar o asilo em doar R$3,8 mil também está lá e temos provas de que reuniões foram feitas entre Rafael Torrezan, Antônio Carlos Feitosa, entre outros, para convencer os vereadores a aprovar esse projeto porque o lar São Vicente de Paulo está precisando do dinheiro. Ou seja, aprova-se R$ 9 milhões em troca de R$ 3,8 mil para o asilo.
Projeto de Lei prevê apenas R$3,8 mil para o Lar São Vicente de Paulo. Imagem: Divulgação
 
Terceiro: Na postagem da Prefeita, ela sequer comenta algo sobre o Projeto de Lei. Ela tenta mudar o foco do assunto, com o propósito de se passar por vítima, preferindo atacar Imprensa, que tem credibilidade inabalável e inquestionável em Ibitinga. Inclusive, o próprio marido dela, Marco Arantes, falou sobre a importância e a credibilidade do Cafezinho Amargo, ouça no áudio abaixo:
 

 
Quarto - A Prefeitura de Ibitinga não quebrou nenhum contrato. Ela mantem contrato com a empresa. Esse contrato abaixo, entre a Prefeitura e o Sistema Ibitinga, continua vigorando normalmente. Então existe, sim, contrato com o Sistema Ibitinga de Comunicação.
Contrato entre o Sistema Ibitinga de Comunicação e a Prefeitura de Ibitinga. Imagem: Arquivo pessoal

Contrato entre o Sistema Ibitinga de Comunicação e a Prefeitura de Ibitinga. Imagem: Arquivo pessoal
 
É bom esclarecer que foi o Grupo Roque de Rosa que não teve mais interesse na renovação dos contratos na medida que os mesmos foram vencendo. “Nós é que dissemos não haver interesse na Renovação do Contrato da Câmara e do SAAE, e temos provas disso aqui”, afirmou novamente Robson de Rosa.
A Prefeitura, querendo calar a boca da Imprensa, nos casos do desaparecimento do caminhão munck, da retroescavadeira, da Estação de Tratamento de Esgoto lacrada, do rombo financeiro do SAAE, da máquina trituradora de galhos que estava desaparecida e sucateada, deixou de pagar 3 meses a Rádio, emitiu um laudo fraudulento, querendo cobrar uma multa de R$ 42 mil e ainda colocou uma normativa de que a Rádio não pode mais prestar contrato com prefeituras por 5 anos. Isso tudo mesmo sendo provado à justiça que a Rádio cumpriu com todas as cláusulas contratuais.
Resumindo, O Grupo Roque de Rosa estava esperando o contrato encerrar assim como fez com a Câmara Municipal e o SAAE por não ter mais interesse na renovação, com a finalidade de ter um jornalismo totalmente isento e imparcial. O tal contrato, que a Prefeitura cita como rompido, não está. Esse contrato tem o valor de R$ 11.900,00 reais mensais e não de milhões, como é alegado pela própria administração.
Esclarecemos, ainda, que no contrato existe uma cláusula de que se o Grupo Roque de Rosa rompê-lo, tem que pagar uma multa de 30% do valor global do mesmo e isso não interessa à empresa, esperando encerrar o mesmo para não ter renovação como fizemos com a Câmara Municipal e o SAAE. Já a Prefeitura rompendo, desde que tenha motivos para romper, o que não é o caso em nossa opinião, não tem qualquer multa a pagar.
“Todo esse processo da Prefeitura contra a Rádio deixando de cumprir os pagamentos de trabalhos já realizados e a serem realizados, toda essa ladainha de que nós não cumprimos com o contrato, toda essa história de querer punir a nossa empresa com 5 anos sem prestar serviços a qualquer Órgãos Públicos, caiu por terra, no TRJ, que simplesmente anulou todo o processo, por considerar indevido todos os argumentos do Executivo”, reforçou Robson de Rosa no Cafezinho Amargo.
Dessa forma, a Prefeitura, que tentou calar a boca da imprensa, com retaliações de cortar o contrato e deixar de pagar a Empresa por meses, caiu por terra quando o desembargador, lendo o processo, viu que de fato isso é uma tentativa da Prefeitura em calar a verdade dita pela Imprensa e também mais  uma prova de que o que falamos aqui é verdade e tem coerência e informações precisas.
Documento emitido pela Justoça. Imagem: Arquivo pessoal
 
Quinto - Sobre a fala da Prefeita sobre este caso de R$ 9 milhões: Fica esclarecido de que quem mente não somos nós. Na verdade, a Imprensa fala a verdade. Quem mente, na maioria das vezes, são os políticos.
Robson de Rosa diz sempre que “aqui é uma cidade onde sorveteiro, virou açougueiro e agora é fazendeiro. E engenheiro que nunca construiu nada tem 2 loteamentos na cidade”.
No texto publicado em sua rede social, a Prefeita mais uma vez perdeu a chance de justificar o Projeto de Lei de R$ 9 milhões em troca de enviar 3,8 mil para o asilo. Preferiu fugir do assunto e jogar a culpa na Imprensa, inclusive dizendo que dever ser “RAIVA PORQUE A PREFEITURA CORTOU O CONTRATO COM A RÁDIO” – comprovadamente mentira, como esclarecido nesta matéria.
Nossa reportagem, inclusive, está esperando a Senhora Prefeita, que solicitou uma entrevista no Cafezinho Amargo para falar do caso Kaique, Guarda Municipal morto em trabalho, e também sobre outros assuntos, como a falta de remédios, médicos, contas de água abusivas, Estação de Tratamento de Esgoto lacrada, contratos milionários com a Empresa de prestação de serviços públicos, etc. Porém, até o momento, a Prefeita não agendou a sua entrevista, mesmo o Cafezinho Amargo estando totalmente à disposição.
Para encerrar, quando a prefeita diz que o “JORNALISMO TEM DE TER A VERDADE DOS FATOS E NÃO, ESSE NÃO TEM!”, nós ficamos surpresos, porque a Prefeita deu entrevistas nos microfones da rádio dezenas e dezenas de vezes. Em todas, elas elogiou o nosso trabalho como Imprensa (temos todas as falas arquivadas), prometeu muita coisa à cidade e a maioria do que disse não foi cumprida na sua administração.
Assim, chegamos à conclusão que quem faltou e falta com a verdade não é a Imprensa, mas ela, que procurava esses microfones para fazer promessas que na sua maioria não se cumpriram. Mas aí a culpa não é da imprensa. A culpa é da prefeitura, que utilizou semanalmente o Jornal Matutino para faltar com a verdade. A Imprensa fez e faz o seu papel em escutar uma autoridade.
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