04/09/2021 às 09h36min - Atualizada em 04/09/2021 às 09h36min

Ibitinguense viaja de bicicleta de São Paulo à Bahia pelo litoral

Luís Claudio Moreale, o “Cadino”, saiu de São Paulo no dia 07 de agosto e chegou a Porto Seguro nesta quinta-feira (02).

Portal Ternura
Ibitinguense viaja de bicicleta de São Paulo à Bahia pelo litoral. Foto: Reprodução/@pedaleiroviajante/Instagram
 
O que você faria se fosse diagnosticado com uma doença terminal e não conseguisse realizar seus sonhos? Pensando nisso, Luis Claudio Moreale, ibitinguense conhecido popularmente por “Cadino”, resolveu realizar uma viagem de bicicleta de São Paulo (SP) à Bahia (BA) pelo litoral do Brasil.
Em entrevista ao Portal Ternura, Cadino contou que fez uma reflexão sobre o que faria caso acontecesse o mesmo que a pergunta no início do texto e chegou à conclusão de que pedalaria pelo litoral; no entanto, levou em consideração que possivelmente sua saúde ficaria debilitada e poderia não conseguir.
Dessa forma, o entrevistado, que tem 57 anos, achou melhor realizar o sonho enquanto ainda tem disposição e saúde e, assim, surgiu a viagem, que começou no dia 07 de agosto em São Paulo (SP) e terminou em Porto Seguro (BA) nesta quinta-feira (02), tendo um trajeto de 2.033 km.
Percurso durou 27 dias e o trajeto teve 2.033 km. Foto: Reprodução/@pedaleiroviajante/Instagram
 
Planejamento e preparação
O pedaleiro contou que a preparação para a viagem durou cerca de 3 meses. Nos últimos dias antes de começar a pedalar, ele intensificou os treinos para suportar a carga que carregou. Além disso, ele fez a revisão da bicicleta para checar se tudo estava certo e não correr o risco de ter problemas durante o trajeto.
O ibitinguense, que hoje mora em São Paulo, explicou que chegou até mesmo a trocar o notebook que usa para trabalhar por um mais fino e leve para conseguir levar junto às outras coisas na viagem. Isso porque ele determinou que iria pedalar durante a manhã e no período da tarde trabalharia.
Para programar o percurso, ele utilizou o Google Maps, que dá o tempo estimado de um local a outro de bicicleta. “Eu considerei de 3 a 4 horas de pedal de segunda a sexta e de 5 a 6 horas no sábado e no domingo. E eu sempre ficava em pousadas ou hotéis”, afirmou.
Registro de Cadino ao passar pela divisa de estados entre São Paulo e Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/@pedaleiroviajante/Instagram
 
Apoio da família
 Cadino é muito ligado à família. Seu apelido, inclusive, foi “dado” pelos irmãos. “Meu pai se chamava José Cláudio, mas era conhecido apenas por Cláudio. Eu era o Claudinho, mas meus irmãos mais novos não sabiam falar e ficou Cadino”, contou.
O entrevistado disse que no começo a família não deu muita importância à ideia, mas que depois de insistir que realmente faria e ter longas conversas com os familiares, eles entenderam e passaram a apoiá-lo.
E uma das maiores dificuldades para ele foi essa: ficar longe dos familiares, mas vez ou outra conseguiam conversar. Como explicou, ele falava com o pessoal de vez em quando, mas não todos os dias.
Mudança no trajeto
Logo após Niterói (RJ), Cadino explicou que um vento forte e contrário atrasou bastante o tempo de pedalada, então ele reprogramou a viagem, que inicialmente iria até Ilhéus (BA). Com isso, várias cidades e trechos precisaram ser readequados.
Desafios e medos
O pedaleiro não negou que teve medo em alguns momentos. Conforme apontou:
“É normal, todos os dias, que a gente tenha desafios e medos. Há sempre o temor de ser assaltado, se machucar, cair, sofrer um acidente, ficar sem água... Mas sempre que vinha esse pensamento, eu tentava ter um pensamento mais positivo para manter o foco naquilo que estava fazendo”.
Cadino no Cristo Redentor durante sua passagem pela cidade do Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/@pedaleiroviajante/Instagram
 
Fim da viagem: de volta a São Paulo e experiências adquiridas
Como escrito acima, a viagem terminou nesta quinta-feira (02), após o entrevistado chegar a Porto Seguro. Cadino retornou da Bahia a São Paulo de avião nesta sexta-feira e está vindo para Ibitinga (SP) neste sábado (03). Quando perguntado como foi a experiência ele afirmou que “foi incrível, transformadora”.
O entrevistado apontou que perceber que mesmo aquilo que parece difícil, quase impossível, dá para realizar. “Embora eu tivesse um planejamento, eu não sabia se ia conseguir chegar aonde cheguei”. E ele deixou uma mensagem a todos: “Nunca deixe de acreditar nos seus sonhos, vá em frente, realize, se planeje. Você também pode”.
Para terminar a entrevista, a equipe do Portal Ternura perguntou a Cadino se a viagem valeu a pena. A resposta? “Se valeu a pena? Nossa, como diria Fernando Pessoa, ‘tudo vale a pena quando a alma não é pequena’, e fazer essa viagem valeu muito a pena!”.
Agora, o viajante irá descansar. “Eu ainda tenho muitas ideias e muitos planos para depois dessa viagem, mas isso é para outra hora”.
Registro de Cadino quando chegou à Bahia. Foto: Foto: Reprodução/@pedaleiroviajante/Instagram
 
Registros no Instagram
E aí, você se interessou pela viagem do sr. Luis Claudio Moreale? Ele registrou muita coisa no Instagram. Você pode clicar aqui ou procurar por @pedaleiroviajante para ficar por dentro do que rolou durante o percurso!
 
 
 
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